* TEXTOS

  
 AT4. PV-Produção Textual 

DEFINIÇÃO DAS PRIORIDADES DA ESCOLA

A partir do diagnóstico, do retrato da realidade da escola, traçado a partir das características levantadas e visando oferecer um ensino de qualidade à comunidade, para que tenha sucesso e melhore sua qualidade de vida com valores calcados no respeito, na ética e na moral, a escola buscou identificar os principais desafios e problemas que o contexto escolar revela.
Os desafios e problemas consistem em situações que se constituem em entraves para o pleno funcionamento da escola, que levam a buscar uma situação mais satisfatória. As prioridades são os problemas que influenciam mais diretamente nos resultados da aprendizagem do aluno para desenvolver um trabalho de qualidade, para promover uma formação cultural e cientifica que possibilite o contato dos alunos com as diversidades e diferenças, contra a exclusão, o preconceito e a discriminação social, econômica, política e cultural.
Considerada a complexa tarefa de dar uma nova qualidade à escola, é preciso definir, no rol das possibilidades levantadas, as prioridades para que haja economia de tempo e de esforço. Não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Assim, as metas definidas devem ser claras, viáveis e representativas das necessidades básicas da escola e devem ser postas numa perspectiva de gradualidade, ou seja, devem ser distribuídas por etapas, ao longo de um tempo razoável para a sua consecução.
A escola deve ser o ambiente em que os pais e professores promovam conjuntamente a educação. Aliás, toda a comunidade deve participar, criando condições e buscando recursos, para que os pais e educadores possam desempenhar sua missão. E uma das prioridades da escola é apostar na relação com os pais; incentivar a participação da comunidade na vida escolar. E para isso os pais foram chamados em diferentes momentos: no planejamento escolar e na reunião do Programa Mais Educação para que pais, alunos e professores estejam envolvidos para discutir soluções para melhorar as práticas de ensino e se sintam aliados na tarefa educativa e, responsáveis por um patrimônio que é de todos: a educação. Este engajamento pode encorajar pais e estudantes a saírem de um estado de alienação, fazendo-os sentirem-se mais aptos no processo educacional e mais participativos na sua comunidade e sociedade. (CHIOVINITTI, 1998)
Alfabetizar todos os alunos, até o final do terceiro ano é outra das prioridades da escola, meta cinco do PNE e objetivo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. A alfabetização é um direito e os profissionais da escola devem garantir que cada aluno possa ter acesso ao maravilhoso e transformador mundo da leitura e escrita. Os três anos iniciais do ensino fundamental são estratégicos para definir um percurso de sucesso e aprendizagem constante na vida escolar do estudante. O fenômeno do alfabetismo funcional tem sua raiz nas séries iniciais do ensino fundamental, portanto temos que garantir que os alunos efetivamente aprendem a ler e escrever assim que entram na escola.
Outra prioridade é manter a média nacional do IDEB de 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental. Essa prioridade é uma consequência da anterior e para que ocorra é importante acompanhar e monitorar os resultados de cada avaliação, procurar implementar ações que melhorem a qualidade da aprendizagem, observando e  examinando a realidade  para a superação de possíveis fragilidades e melhorando cada vez mais o desempenho escolar  dos alunos.
Na perspectiva inclusiva, há mais uma prioridade em relação à educação especial com a proposta pedagógica da escola regular, de modo a promover o atendimento escolar e o atendimento educacional especializado complementar ou suplementar aos estudantes com deficiência, com a implantação de salas de recursos multifuncionais e incentivar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado. Já que a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) orienta os sistemas de ensino para garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes, em classes comuns, bem como os serviços da educação especial, nas escolas regulares, de forma transversal a todos os níveis, etapas e modalidades.
            A escola também tem como prioridade possuir um Plano de Carreira para o professor, porque um quadro de profissionais da educação motivados, comprometidos com formação adequada, condições dignas de trabalho e que se sentem valorizados contribuem muito para uma aprendizagem significativa dos alunos, resultando assim em maior qualidade da educação. A profissão docente exige mudanças, atualização, adaptação e aperfeiçoamento para estar em constante progresso diante das inovações e exigências nos novos tempos. A formação continuada lhe trará atitudes na construção da ação pedagógica mais consciente e transformadora, dando um novo sentido à escola. Seu papel mais importante será o de aprender. Segundo a Revista Ensaio (2009) “enxergar a necessidade de atualização como um direito do professor é o primeiro passo para alcançar sua valorização profissional, condição sine qua non exigida pela sua própria função social”.
Para que essas prioridades se concretizem será necessário comprometimento na realização com a participação efetiva e responsabilidade de todos, coletivamente e que cada um faça a sua parte. Durante as reuniões do Conselho de Escola e da APM para a definição dessas prioridades nota-se que até existe a vontade de participar, mas junto com o medo e a timidez impedem a opinião individual e ocorre o acatamento das decisões tomadas pela maioria. 
 Referências Bibliográficas
CHIOVINITTI, Roseli Schultz Cavalcante. Colaboração entre pais e escola: educação abrangente. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/pee/v2n2/v2n2a09>Acesso em: 16fev.2015.
 BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação.
Disponível em: http://pne.mec.gov.br/. Acesso em: 03mar. 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial. pdf.Acesso em: 22fev.2015.
ENSAIO, Os Planos de Carreira premiamos melhores professores?Avaliação e Políticas Públicas Educacionais, Rio de Janeiro, v.17, n.63, p.355-380, abr./jun.2009.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v17n63/v17n63a09. pd>.Acesso em: 21fev.2015.


 AT2. PPGE-Leitura e Produção textual

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL, NA PERSPECTIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 

            A avaliação faz parte do processo ensino e aprendizagem e por isso precisa ser estudada, analisada e adotar medidas efetivas de mudança na organização da escola para o benefício do aluno. A avaliação institucional é um importante instrumento de gestão; pois se constitui num processo de contínuo aprendizado, evolução e melhoria e de mostrar à sociedade como se encontra a escola na parte pedagógica, administrativa, pessoal dentro de uma prática democrática do ensino. Para compreensão do conceito de avaliação institucional, nos embasaremos no conceito de Araújo como sendo:
Um instrumento de grande valia que pode ser construído e implantado por uma instituição de ensino para produzir um conhecimento da realidade, daquilo que se deseja, bem como do indesejável do interior da organização, no intuito de fornecer
subsídios ao planejamento para a melhoria da qualidade. (ARAÚJO, 2009, p. 100)

              A LDB nº 9394/96 diz, no seu art. 12, que: "Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão incumbência de: Elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
            Com esse artigo as escolas precisam planejar suas ações, assumir sua função social de modo coletivo e participativo, envolvendo todos os participantes do contexto escolar e atribuir responsabilidades nos resultados. Paro (2001, p. 86) defende que a avaliação institucional “deve levar em conta todo o processo escolar e incluir como avaliadores permanentes aqueles que se beneficiam de seus serviços, o que abrange, além dos alunos e alunas, também seus pais ou responsáveis.”
            A Lei Federal nº8. 069/1990 – ECA – construída a partir da iniciativa da Sociedade Civil – que estabelece em seu Artigo 53, Inciso V, Parágrafo Único o direito “dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.
             Assim o Projeto Político Pedagógico da escola é uma estratégia indispensável para uma gestão democrática, direcionando os caminhos que a escola irá caminhar de maneira participativa, num esforço conjunto para um ambiente educacional autônomo e transparente. Porque é através dos objetivos traçados no PPP que é consolidada a avaliação institucional, estão interligados para a avaliação das ações.
            A avaliação institucional pode rever e aperfeiçoar o PPP da escola, promovendo a melhoria da qualidade, sem vínculos de punição ou premiação. Possibilitando decisões que realmente necessárias indicando as potencialidades e os aspectos que precisam ser melhorados. Os resultados serão fontes de dados provenientes de diferentes segmentos com diferentes perspectivas; e com diferentes visões permite melhor credibilidade. Todos os agentes da comunidade escolar são ao mesmo tempo avaliados e avaliadores para alcançar o objetivo em comum o de melhorar sempre na construção de um projeto coletivo e um compromisso social.
         Toda escola tem necessidade de se autoavaliar; pois é um momento de reflexão onde ela pode analisar os dados, demonstrar em gráficos e relatórios sobre suas diversas dimensões contando com a participação dos alunos, funcionários e professores. Mas, avaliações internas de responsabilidade exclusiva dos professores e das escolas não são garantia da melhoria do ensino. Uma opção seria uma articulação entre elas e assim melhoraria cada uma e o conjunto por elas formado, assim os dados estatísticos externos deveriam ser confrontados com os dados das avaliações internas, possibilitando argumentos para decisões significativas no campo educacional. Lück (2012, p.60) reflete que:
A avaliação institucional, para ser efetiva, não deve estar centrada em modelos prontos que sejam empregados de forma contínua e imutável. Cada escola à luz de
conceitos e princípios norteadores deve adotar o discernimento necessário para formular seu programa de autoexame em caráter flexível, delineando o conjunto de
elementos que fazem parte de sua política de desenvolvimento e melhoria de maneira a comportar contínuos ajustamentos.


            O interesse em se autoavaliar deve surgir da escola, pois somente avaliando os processos vivenciados dentro e fora do espaço escolar, é que ocorrem transformações nas práticas educativas e facilitará a visão de como ela é e indicará os rumos para uma avaliação institucional de forma contextualizada com todos os espaços da realidade escolar contribuindo para a promoção de mudanças no ambiente educativo.
            A cultura de avaliação ainda não faz parte da rotina escolar, a escola precisa caminhar no sentido de tornar a prática da avaliação institucional em uma ação comum, corriqueira que não cause estranhamento para a equipe escolar e possibilite perceber que é uma ação necessária para o aprimoramento do trabalho podendo promover o autoconhecimento. É fundamental que a avaliação institucional se consolide como uma política pública na área de educação e seja incorporada na prática do cotidiano escolar. Utilizando-se dos conhecimentos teóricos e metodológicos, para que prática da avaliação aconteça de maneira eficiente. Não basta saber os resultados da avaliação institucional é preciso rever e aperfeiçoar o Projeto Político - Pedagógico da escola, promovendo a melhoria da qualidade, Avaliar não é uma etapa final de um processo, e sim uma etapa do caminhar.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Maria Cristina Munhoz. Avaliação institucional: ferramenta para a
tomada de decisão. Curitiba, PR: IESDE, 2009.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB). Nº 9394/96.
 BRASIL: Estatuto da Criança e Adolescente Lei nº8. 069- 1990.
LÜCK, Heloísa. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Rio de janeiro: ed.
Vozes. 2012.
PARO Vitor Henrique. O princípio da gestão Democrática no contexto da LDB. In. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.

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